O ser humano é um ser materialista, o capital é o que move o mundo, as pessoas
estão sempre preocupadas com o dinheiro, ascensão social, status, etc... E
quanto aos nossos semelhantes? As pessoas são tão individualistas a um ponto que me
deixa abismada, pensam somente em si próprias, enquanto tiverem uma vida
confortável pouco importa se há alguém passando fome, sofrendo maus tratos,
vivendo em condições sub humanas. O que as pessoas individualistas não percebem
é que nós somos a sociedade, cuja é composta por cada indivíduo que nela
habita. Se há desigualdade social, logo,
há miséria, falta de oportunidades e consequentemente marginalização e
violência, que é algo que nos atinge. Portanto, não podemos pensar individualmente, pois
sofreremos as consequências. O que é revoltante é ouvir pessoas dizerem que
bandido é bandido porque quis, quem diz isso obviamente não tem consciência
social e vive num mundinho paralelo superficial. Uma coisa é certa; darwinismo
social; o homem é produto do meio, há pessoas miseráveis e honestas? Sim, mas
há também marginais, justamente porque quem cresce num meio onde há ausência de
oportunidades, miséria, educação precária na escola e muitas vezes na própria
casa. Fica difícil um indivíduo nessas condições não optar pelo caminho mais
fácil, que pra ele seria o da violência, triste é saber que esse mesmo
indivíduo que pode morrer precocemente trabalhando no tráfico, poderia ter um
futuro digno, constituir uma família, ser um bom profissional, contribuir para
o bem da sociedade, em vez do mal.
Blog criado com o intuito de compartilhar pensamentos e reflexões sobre situações e sentimentos com os quais nos deparamos em nossas vidas.
domingo, 8 de setembro de 2013
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Momento de Reflexão
(...)
Fernando Pessoa - Tabacaria
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Nem sim, nem não...
Talvez é palavra mais detestável que já li, que já ouvi e que já disseram. Sim, eu já disse um 'talvez' aqui e outro ali, a vida é cheia de talvez's, mas quando eu tenho uma pergunta que acaba de escapar da ponta da sua língua e saltar pro ar, pergunta essa que tem como resposta o mais ridículo e estúpido "talvez", faz com que eu sinta raiva. Faz com que eu me questione se a minha pergunta não foi boa o suficiente, se não foi precisa o bastante, se não foi incisiva como deveria. Ah, Talvez... você me tortura, maltrata-me. Você pisa em mim e pende pros dois lados, pisa tão desgovernadamente, de uma forma tão porca que não sei o que me pisou, se foi o sim ou se foi o não. O muro no qual você se ergue, tão ereto, nunca inclina pra um só lado; ele é inconstante, sempre indeciso, imparcial, imponente e arrogante.
Talvez, eu te entendo; você tem de existir, mas você me machuca, chega a me magoar. Você e a sua incerteza, você e o seu descaso. Ah, Talvez... você me encanta, entorpece-me, enlouquece-me, aborrece-me.
Há dias em que te amo e há dias em que te odeio.
Hoje te desprezo, afasto-te de mim, porque hoje, mais do que nunca você me faz mal.
Hoje mais do que nunca, Talvez, você me maltrata.
Futuro. Um brinde à coisa mais incerta que possuo. Um brinde ao amanhã, amanhã esse que pode nunca chegar, mas de qualquer maneira, eu brindo a ele. Brindo na esperança de que ele será bom. Não almejo muito, não espero que seja melhor do que o ontem. Não preciso sempre estar subindo em uma linha imutável, constante e pra sempre inclinada para o teto. Só quero que seja bom.
Quero o que me faz bem; sonho pelo que me beneficia; almejo, não pelo sucesso absoluto se esse não me for positivo, mas sim pelo bom. Quero a paz, mas vivo com os pés no chão e não vou utopicamente afirmar que, se soltarmos uma pombinha branca ela chegará quase que instantaneamente.
Não sou sempre assim, despretensiosa. Porém, hoje sou. Porque quero um amanhã bom. Não precisa ser melhor, só bom.
S.L.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Nada realmente importa
Nos preocupamos com tantas coisas, tantas coisas
fúteis e inúteis em sua essência, mas ao mesmo tempo que são inúteis são
necessárias, pois o ser humano é imperfeito, é materialista, necessita de
alimento para seu ego. Por que pessoas gastam tanto tempo nas academias? Por
saúde? Pode ser um dos motivos, mas para a grande maioria não é o principal.
Por que mulheres gastam tanto tempo se produzindo? Para se sentirem bem em
frente ao espelho com elas mesmas? Também é um motivo, mas não o maior deles. Aonde
quero chegar é que somos movidos pelas aparências, somos meros fantoches da
mídia. Estaria eu condenando o ser humano pelo seu materialismo? Claro que não,
nós somos assim, não é nenhum pecado creio eu, afinal não posso afirmar o que é
certo e o que é errado, na minha opinião ninguém pode, pode sim seguir de
acordo com o que acha o mais correto. O problema é que esse mundo de aparências
cria uma obsessão em nós pela perfeição, queremos o corpo perfeito, a casa
perfeita, o carro perfeito, o casamento perfeito, isso é impossível, pois um
fato inquestionável é que o ser humano não é perfeito, isso quer dizer que
ninguém é feliz? Não, pois a felicidade não é perfeita, ninguém realmente é feliz
100% do tempo, há pessoas felizes, as quais sabem lidar com seus problemas da
melhor forma possível e não acreditam que a felicidade está à venda, essa é a
ideia principal da mídia. Somos induzidos a acreditar que se compramos tal
coisa seremos felizes como aquela pessoa do comercial de televisão, e isso não
é o que acontece na realidade, após possuir tal coisa logo vemos que não é o suficiente,
pois a cada dia novas tecnologias são introduzidas ao mercado, novos modelos de
carro, produtos de beleza e estética, novos eletrônicos de alta tecnologia e
etc... Com isso queremos sempre mais e entramos num círculo vicioso, nunca
estamos satisfeitos, sempre comprando cada vez mais numa busca incessante pela
felicidade, mas nunca parando pra pensar no que nos faz realmente feliz livre
de influências.
Ser perfeito não é normal
Todos buscam
a felicidade e para a grande maioria há um fator primordial para que se torne possível,
que seria um relacionamento estável, alguém que mude nossas vidas, que traga
alegria aos nossos dias, que nos faça feliz, mas será que essa a expectativa
correta?
Muitas
pessoas se julgam infelizes por não terem sucesso em relacionamentos e se
sentem frustradas por a pessoa não ser quem realmente esperavam , talvez nos
decepcionamos pois a idealizamos, construímos a ideia de um ser perfeito e
esperamos que se concretize. Fracasso em relacionamentos é algo comum, porque
as pessoas muitas vezes não atendem nossas expectativas, é aceitável se
decepcionar, mas o problema está em depositar a responsabilidade de toda sua
felicidade no outro, pois quando a pessoa nos decepciona o impacto é muito
maior. Cada um é responsável pelo seu próprio bem estar, o qual depende de como você lida com as situações. Em
um relacionamento a outra pessoa deve sim nos proporcionar bons momentos, pois
o fundamento é que acrescente algo em nossas vidas, mas a crítica que faço é à
idealização, as pessoas querem se espelhar nos filmes, esperam um verdadeiro
conto de fadas e qualquer coisa que fuja
disso se torna inaceitável e alvo de críticas. O ser humano é imperfeito, me
cansam ideias de ‘’príncipes encantados’’ e de ‘’mulheres ideais’’, chega de
ilusões e vamos aceitar que em nossa realidade só há pessoas imperfeitas
como nós.
domingo, 13 de janeiro de 2013
Toca Raul
"Eu quero é ter tentação no caminho, pois o homem é o exercício que faz. Eu sei, sei que o mais puro gosto do mel é apenas defeito do fel e que a guerra é produto da paz (...) Se você acha o que eu digo fascista, mista, simplista ou antissocialista. Eu admito, você tá na pista. Eu sou ista, eu sou ego. Eu sou egoísta, eu sou.. Por que não?"
Raul Seixas - Egoísta
Altruísmo Utópico
As pessoas alguma vez são altruístas? Somos o tempo inteiro hipócritas? Fazemos alguma coisa sem pensar no nosso próprio benefício? A cada dia que passa eu acredito mais e mais no egoísmo de cada um de nós. Somos egocêntricos, preocupamo-nos muito mais com nossos problemas e tendemos sempre a acreditar que eles são os maiores do mundo e que deveriam ser de interesse nacional; qualquer pessoa que diga o contrário é crucificada por isso.
Alguns de nós ainda conseguimos pensar nos outros de uma forma pura e imparcial - não estou afirmando que eu sou uma dessas pessoas. Porém quando isso acontece, esses indivíduos que não fizeram nada além de olhar ao redor e esquecer um pouco o seu próprio umbigo, são endeusados e homenageados, são considerados como exemplos, mas exemplos que poucos seguem porque a maioria acha difícil demais se desligar do seu próprio mundinho imperfeito e confortável. É cômodo não olharmos para o lado, é fácil não perguntar o que o outro deseja, é interessante para nosso próprio ego - e somente para ele - mantermo-nos centrados somente nos nossos problemas, somente na nossa simplória e inútil vidinha.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
A Irônica Arte de Sofrer
Parece que quando o coração aperta a caneta estoura, mas não desgovernadamente. Ela estoura e exala criatividade, forma as palavras mais precisas e aguçadas, junta as histórias e os pensamentos mais improváveis e ao final do texto, sua dor está ali, transmitida para o papel, transcrita e camuflada no meio de palavras harmoniosas e orquestrantes. Sim, sofrer é bom para a "pena", para a caneta e o papel. Porém, não para o coração.
Precisamos de inspiração para escrever, para juntar as palavras e parece que o meio de fazer isso, um dos mais produtivos, é o sofrimento. Porque por mais que tentemos negar, gostamos de sofrer. A dor nos encanta, nos agrada e, principalmente, nos inspira.
Então com isso, abraço com um sorriso a dor e espero que com ela venha também a inspiração.
S.L.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
À Procura da Ilusão
Um conceito recente, moderno e superestimado. Essa é a felicidade. Sempre dizemos
que queremos ser felizes, que a vida é a eterna busca pela felicidade, que amar
é sinônimo de sorrir. Bom, sinto dizer sociedade, mas eu discordo. Não sei o
que é felicidade e, por mais que você tente se explicar, sei que você sabe
tanto quanto eu sobre o que ela é e como a obtemos. O homem não tem uma fórmula
pra felicidade, principalmente porque isso não existe. Foi recentemente que a
ideologia da plenitude que a felicidade supostamente proporciona surgiu. Antes
vivíamos. Buscávamos momentos satisfatórios sem nenhuma pretensão maior,
somente pelo prazer que um instante bem aproveitado poderia fornecer. Hoje,
quando somos perguntados por que fazemos o que fazemos ou agimos como agimos,
estamos altamente inclinados a responder: porque estou à procura da felicidade.
Por
mais que Will Smith possa discordar de mim, ouso dizer que a felicidade e a
nossa busca incessante pela tal se resume em capricho. Nossa
busca pela plenitude se define em luxo. Dizemos que aquele que é feliz é porque tem
dinheiro. Pensamos que um vem lado a lado ao outro, porém nós simplesmente
capitalizamos o conceito puro do luxo e o tornamos ainda mais egocêntrico e
esnobe. Criamos mais um rótulo, um de tantos. Um que nos entrega ainda mais
para o dinheiro. Vendemos nossas almas em busca da tão estimada felicidade.
Sacrificamos tudo, passamos por cima de todos para obter o dinheiro, o que,
posteriormente, resultaria em plenitude e felicidade. Porém, quando obtemos
aquilo que julgamos ser o suficiente, ou nos deixamos cegar pelo dinheiro ou
simplesmente estamos sozinhos com todo aquele dinheiro e sem ninguém para
compartilhar a sua felicidade. Talvez você conheça essa frase, mas um rapaz
teve de morrer pra descobrir que “a felicidade só é real quando
compartilhada.”.
Somos
egoístas, todos nós. Alguns muito, outros nem tanto. Porém, ser egoísta nem
sempre é ruim. Só que é como minha mãe sempre costuma dizer “tudo que é demais,
estraga.”, e, por mais que doa admitir isso, mães estão, na grande maioria das
vezes, certas.
O que
eu quero dizer com tudo isso é que nós criamos o conceito da felicidade e
corremos atrás da realização da mesma de forma absurda e irrefreável quando
isso tudo não passa de um luxo e de uma invenção da nossa sociedade, dos povos
atuais.
“Cuidado
com todas as atividades que requerem roupas novas em vez de um novo usuário de
roupas. Se o homem não é um novo homem, como as roupas novas vão lhe servir?”
(Henry David Thoreau – Walden)
S.L.
S.L.
sábado, 5 de janeiro de 2013
Obediência social
A sociedade nos impõe tanto que define ser o certo, mas quem define o
que é realmente certo? Tentamos viver sobre as expectativas de outras
pessoas, tentamos nos adequar e com isso acabamos perdendo quem
realmente poderíamos ser. Criamos o que alguns chamariam de “persona” e,
talvez, o façamos inconscientemente, por sermos induzidos por um padrão
social, por uma imposição pré-existente. Com isso acabamos nos perdendo
no meio de diversas personalidades criando uma máscara que quando vemos
já se incorporou aos nossos rostos e os substituiu.
Enquanto isso, aqueles que podem pensar, mesmo que parcialmente, fora da caixa almejam por liberdade. Porém liberdade pra nós seria o que? Viver sem regras? Sozinho? Ir aos bosques como Thoreau fez? Desrespeitar regras e limites? Nós não sabemos e ouso dizer que nunca saberemos. Não há liberdade, já que a liberdade é a ausência completa de regras. Como viver em comunidade sem regras?
Por fim, depois de todas essas palavras, aonde chegamos? No mesmo ponto em que começamos, porém com um pouco mais de consciência. Temos de parar de aceitar a opinião de todos. O senso comum é comum por um motivo, a maioria o compartilha e isso não o torna nem um pouco especial. Você quer ser comum? Continue vivendo atendendo aos desejos de outras pessoas. Quer ser singular? Viva por si mesmo.
Enquanto isso, aqueles que podem pensar, mesmo que parcialmente, fora da caixa almejam por liberdade. Porém liberdade pra nós seria o que? Viver sem regras? Sozinho? Ir aos bosques como Thoreau fez? Desrespeitar regras e limites? Nós não sabemos e ouso dizer que nunca saberemos. Não há liberdade, já que a liberdade é a ausência completa de regras. Como viver em comunidade sem regras?
Por fim, depois de todas essas palavras, aonde chegamos? No mesmo ponto em que começamos, porém com um pouco mais de consciência. Temos de parar de aceitar a opinião de todos. O senso comum é comum por um motivo, a maioria o compartilha e isso não o torna nem um pouco especial. Você quer ser comum? Continue vivendo atendendo aos desejos de outras pessoas. Quer ser singular? Viva por si mesmo.
”Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.''
Dalai Lama
E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.''
Dalai Lama
S.L.
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